CAMPEONATO MUNDIAL UIM
DE FORMULA 1 POWERBOAT 2009
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as etapas do Mundial 2009.
GP de Portugal em Portimão
Nova fase
do Campeonato Mundial de F1H2O, começa em 2009
com 2 GPs em cada fim-de-semana.
Foram precisos 6 anos de maturação
de uma ideia sugerida pela GHB International a Idea
Marketing e Scott Gillman (então representante
dos pilotos junto a UIM), para que se tornasse realidade
e surgisse bem adaptada, o sistema de dois Grande Prémios
por fim-de-semana passou a ser usado pela F1H2O. Pena
que no esporte as ideias são esquecidas ou até
abandonadas com muita facilidade, mas gostamos que as
coisas verdadeiras sejam reveladas. Entretanto o que
importa mesmo nisso tudo, é que esse sistema
de 2 GP’s por final de semana é um excelente
formato, por inúmeros motivos:
1. De pouco a muito disputado
Num campeonato com apenas 8 provas (como
foi o de 2008), o título de Campeão Mundial
ficava muito pouco disputado. Não vai aqui nenhum
demérito aos Campeões até hoje,
mesmo porque o número de provas reduziu devido
a inúmeros problemas, não só pelo
custo do evento. No ano 2000 o campeonato teve 13 provas,
depois veio diminuindo para 10 provas em 2001, 2002
e 2004. Os outros anos foram sempre muito problemáticos
com poucas etapas. As dificuldades políticas
somadas aos aumentos do custo do evento vinham sendo
um problema a muitos anos. Em 2009, o piloto para ser
Campeão Mundial, vai ter que correr 16 provas.
Agora sim, estamos começando a falar sério
e profissionalmente sobre um campeonato com 16 etapas,
e certamente terá mais em 2010. Trocando em miúdos,
isso quer dizer que chegou a hora de trabalhar para
ser Campeão, montar estratégia, ter bom
equipamento, boa equipe e vários outros detalhes.
2. Equipes terão que
trabalhar mais e melhor
Com as novas mudanças, as equipes
terão que trabalhar mais e melhor. O cuidado
com o equipamento deverá ser extremo sob pena
de muitos abandonos. Apesar das provas terem sido reduzidas
de 45 minutos para 30 minutos mais 2 voltas cada, quer
dizer que os motores vão trabalhar mais, no mínimo,
20 minutos do que no formato antigo, isso sem computarmos
as bandeiras amarelas. Isso representará custo
maior para as equipes que não souberem desenvolver
adequadamente a preparação dos seus potentes
motores Mercury EFI. Sobre esse assunto acho que vamos
no futuro abrir uma página no site contando o
que está por trás dos esquemas de preparação
dos motores Mercury na F1H2O. Em nosso entendimento
serão vencedores quem tiver a equação
velocidade X durabilidade bem resolvida, e isso passa
por investimento em peças especiais e muitos
testes. No momento algumas equipes não tem essa
equação sequer encontrada, nem sequer
sabe os caminhos para uma solução bem
resolvida. Por isso, continuou em Portimão um
altíssimo índice de quebras. Mesmo que
as equipes venham chorar por menores custos, o pacote
oferece vantagens que se bem utilizadas pelo marketing
das equipes, pode solucionar os aumentos de custo.
3. Promotores Nacionais tem
vantagens com novo formato
Para os Promotores Nacionais do Campeonato
Mundial, a realização de 2 provas a partir
de 2009, corresponde a ter dois eventos pelo preço
de um, vamos dizer que a F1H2O está num momento
promocional: Pague 1 e Ganhe 2. Mas é brincando
que vamos entendendo essa matemática promocional
e super eficiente do ponto de vista dos patrocinadores.
As empresas que investem hoje na F1H2O, terão
seus investimentos praticamente dobrados, tornando-se
bem mais lucrativo. É preciso que os patrocinadores
entendam melhor o potencial da categoria, poucos conseguem
extrair o que ela tem de bom para usar em suas campanhas
de promoção e propaganda. Existem muitas
limitações aos investimentos e um número
limitadíssimo de empresas investindo profissionalmente
na categoria. Hoje a F1H2O é um produto completo,
mais bem estruturado e com mais espetáculo para
o público. O melhor produto para se investir
da Motonáutica Internacional. “Now you
have good value for Money”.
4. Televisão é
o ponto mais forte, mas a midia impressa vem a reboque.
Enquanto outras categorias importantes
da Motonáutica continuam perdidas em relação
a uma equação exequível e eficiente
para seu esquema de transmissão televisiva, a
F1H2O veio ao longo dos anos paulatinamente solidificando
sua infra-estrutura televisiva, sendo hoje líder
isolada em todo universo da Motonáutica. Nenhuma
categoria oferece tanta exposição televisiva,
do que a F1H2O. Com uma cobertura mundial que atinge
um número superior a 1 bilhão de telespectadores,
fica difícil entender porque é ainda tão
difícil progredir no âmbito da obtenção
de novos países para realização
de um Campeonato ainda maior. No contexto atual de cada
evento são geradas 40 transmissões ao
vivo, 100 em deferido, tudo mapeado profissionalmente
e com resultados no Oriente Médio, Ásia,
Europa do Leste e Oeste, África e as Américas.
Só para darmos um exemplo de potencialidade,
a F1H2O tem agora 4 Gps na China. Em 2007 e 2008, o
sucesso da categoria na China ultrapassou todas as expectativas.
No que tange a midia impressa, ela vem a reboque dos
eventos locais, e, em alguns países (como nos
Emirados e no Qatar) tem sempre um bom follow up, principalmente
por serem equipes altamente competitivas. Portugal com
10 anos de tradição na F1H2O, oferece
um retorno excelente através da revista Notícias
do MAR, única publicação que acompanha
o campeonato, somente com o apoio da GHB International
Sports Management. Em outros países, sempre a
exposição em jornais locais é bastante
eficiente.
Portugal abre Mundial de F1H2O
dominado pelos pilotos dos Emirados
Foi uma festa árabe as duas etapas
de abertura do Campeonato Mundial UIM de F1H2O, realizado
nos dias 4 e 5 de Abril passados. Na primeira etapa,
realizada no dia 4 a vitória ficou com Ahmad
Al Hameli, pilotando o barco BABA nº6 do Emirates
Team. Na segunda etapa foi a vez de Thani Al Qamzi,
obter a vitória pilotando o DAC nº 5 do
Emirates Team. Para Scott Gillman foi um fim-de-semana
para não esquecer, onde tudo deu certo para seus
pupilos.
Domínio forte do Emirates Team chama atenção
de todos em Portimão
Foi mesmo uma verdadeira festa do Emirates
Team, com a polé position de Ahmad Al Hameli
no sábado com tempo de 39.98 e média de
162,53Km/h, tendo conseguido com apenas 5 voltas. Seu
companheiro de equipa Thani Al Qamzi foi o sexto mais
rápido com o tempo de 41:45. Entre eles só
se posicionaram pilotos do mais alto nível, inclusive
o Campeão Mundial Jay Price, do Qatar Team, em
quarto lugar com o tempo de 40.70 e o ex-Campeão
Mundial Sami Selio, do Mad Croc Team, que obteve a terceira
marca com 40.68. Mais Francesco Cantando em segundo
e Guido Cappellini em quinto. Um super “Top Six”
com diferenças pequenas.
Na corrida, Ahmad Al Hameli sumiu dos
concorrentes, liderou a prova de ponta a ponta, sem
correr riscos e com um estilo de pilotagem bem agressivo.
Não deu chance nenhuma a concorrência.
Foi a primeira vitória do piloto de Abu Dhabi,
que já vinha prometendo um resultado desses desde
que começou na categoria. Certamente mais vitórias
virão e só esperar para ver.
Apesar da qualidade dos pilotos que
ocuparam as seis primeiras posições da
largada, o resultado final da prova foi mesmo um retorno
dos principais pilotos da actualidade, com o Campeão
Jay Price em segundo lugar, seguido pelo sueco Jonas
Andersson com um DAC novinho do Team Azerbaijan. Quarto
colocado foi Thani Al Qamzi, quinto Fábio Comparato
e sexto o piloto da Látvia, Ugis Gross do Team
Zepter.
No domingo, dia da segunda prova, os
treinos de classificação foram disputados
ao milésimo, com vantagem para o Campeão
Mundial Jay Price que marcou a polé position
com o tempo de 40.71, seguido no suspiro por Ahmad Al
Hameli com 40.85 e Thani Al Qamzi com 40.85. Vale ressaltar
que as condições da água eram diferentes
e desfavoráveis em relação as condições
de sábado. Os pilotos estão tirando tudo
no fio da navalha. Interessante é que o Campeão
tem 50 anos e os dois pilotos dos Emirados tem 20 anos
menos, o que demonstra a boa forma do actual Campeão.
Guido Cappellini em quarto e Jonas Andersson em quinto,
com Sami Selio completando os seis primeiros.
Logo após a largada parecia uma
repetição da prova do dia anterior, pois
Ahmad Al Hameli pulou na frente assumindo a liderança,
seguido por Thani e Price em luta ferrenha. Durante
31 voltas os dois barcos do Emirates Team se degladiaram,
depois do abandono do Campeão Mundial Jay Price
na volta 7. Quando na volta 31 Ahmad Al Hameli abandona
a prova, deixa o caminho livre para Thani Al Qamzi levar
seu barco a vitória incontestável.
A segunda prova mostrou claramente que
as equipas ainda precisam trabalhar muito para conseguir
um bom nível técnico para aguentar os
dois GPs num fim-de-semana. Vejam só o comparativo
que comprova nossa tese: na primeira prova os 8 primeiros
barcos estavam na mesma volta do líder, na segunda
prova apenas 5 barcos. Na primeira 13 barcos terminaram
a prova, na segunda 11 barcos, tendo alinhado 20 barcos
em cada prova. Com a troca de datas das etapas na Rússia,
as equipas seguem agora para Lahti, na Finlândia,
onde acontecem as próximas duas provas. Esperamos
que as equipas com esse grande intervalo entre Portugal
e a Finlândia tenham tido tempo de se preparar
melhor para o futuro da F1H2O.
Benavente faz terceiro pela
segunda vez na sua carreira
Um terceiro em Portugal foi o segundo
melhor resultado do piloto de Azeitão, que desde
outro terceiro conseguido com muito mais garra em Helsínquia,
na Finlândia em 2002. Como o que fica sempre é
o resultado da classificação, esperamos
que nas próximas etapas de 2009 Duarte consiga
fazer seu barco mais competitivo. Da nossa parte gostaríamos
mesmo é de ver o piloto de Portugal ao volante
de um DAC, para podermos aí sim, ter uma opinião
bem definida sobre tudo o que achamos êle pode
desempenhar. Enquanto continuar com um barco Dragon,
ficará a mercê das eventualidades.
Classificação
do Campeonato Mundial UIM de F1H2O após 2 etapas
1 |
5 |
AL QAMZI Thani |
UAE |
9 |
20 |
29 |
2 |
6 |
AL HAMELI Ahmad |
UAE |
20 |
0 |
20 |
3 |
1 |
PRICE Jay |
QAT |
15 |
0 |
15 |
3 |
24 |
CANTANDO Francesco |
ITA |
0 |
15 |
15 |
5 |
14 |
ANDERSSON Jonas |
SWE |
12 |
2 |
14 |
6 |
10 |
BENAVENTE Duarte |
POR |
0 |
12 |
12 |
7 |
50 |
ELLIOTT Andy |
GBR |
0 |
9 |
9 |
8 |
70 |
COMPARATO Fabio |
ITA |
7 |
0 |
7 |
8 |
2 |
BONELLI Leo |
ITA |
3 |
4 |
7 |
8 |
7 |
LUNDIN Pierre |
SWE |
0 |
7 |
7 |
8 |
15 |
STROMOY Marit |
NOR |
4 |
3 |
7 |
12 |
75 |
GROSS Ugis |
LAT |
5 |
0 |
5 |
12 |
18 |
MARTIGNONI Daniele |
ITA |
0 |
5 |
5 |
14 |
8 |
KALSOW Fabian |
GER |
2 |
0 |
2 |
15 |
23 |
GAMBI Marco |
ITA |
0 |
1 |
1 |
15 |
74 |
CAPPELLINI Guido |
ITA |
1 |
0 |
1 |
|