O Campeonato Mundial UIM de F1H2O chegou a Rússia, para as duas etapas realizadas nos dias 8 e 9 de Agosto passado, na Cidade de St. Petersburg uma relíquia histórica do tempo dos czares. Todo aparato montado as margens do Rio Neva, tinha a sua frente o Museu Hermitage que dispensa maiores elogios ao seu acervo e a beleza arquitetônica. Milhares de pessoas assistiram aos dois Grande Prémios que tiveram o americano Jay Price do Qatar Team e Jonas Andersson do Azerbaijan Team como os grandes vitoriosos do fim-de-semana.

O clima não poderia estar mais agradável e facilitou muito para que um público numeroso estivesse presente nos dois dias de competição, que com os resultados deram mais força ao Campeonato, vislumbrando-se uma forte disputa pela sua liderança nas próximas 4 etapas a serem realizadas na China. Apesar de haver alguns pilotos muito bem posicionados, dentre os quais o Líder do Campeonato Thani Al Qamzi do Team Abu Dhabi com 65 pontos, não existe um piloto com destaque suficiente para apostarmos no seu nome como favorito. O Campeonato está totalmente em aberto e o resultado das próximas etapas poderá oferecer surpresas inesperadas no quadro de classificação pelo título de Campeão Mundial 2009.

Isso tudo vem como resultado positivo e efectivo do novo formato e regulamento da categoria, agora a disputa vai além da velocidade e se compõe de todos os requisitos de conjunto em uma equipa, dentre os quais podemos destacar o planeamento e a confiabilidade dos motores. Para dar uma ideia bem precisa sobre o que estamos escrevendo, o nove vezes Campeão Mundial Guido Cappellini (Zepter Team) está ocupando a sexta posição no campeonato com 30 pontos, enquanto o Campeão Mundial 2007 Sami Selio (Team Mad Croc) está na quinta posição com 34 pontos. As provas tem sido mais disputadas e mais equilibradas, tendo como principal privilegiado o público que comparece aos milhares em todas as provas.

O Rio Neva dá vida a Cidade e esconde os perigos da corrente forte.

Sem dúvida o Rio Neva que corta a cidade de St. Petersburg é grande, sinuoso, com várias praias fluviais em suas margens e garante um espetáculo de beleza e vida ao longo de todo o seu curso. A Formula 1 esteve com sua base de operações no ponto mais privilegiado do rio, com o famoso e espetacular Museu Hermitage à sua frente, nada poderia ser mais charmoso em toda sua extensão. Para os pilotos o Rio Neva representava um mistério, um obstáculo a ser superado. Com uma corrente bastante forte e rajadas de vento eventuais, tudo contribuía para que todos estivessem com adrenalina alta e nervos a flor da pele.

Andy Elliott, piloto inglês do Qatar Team tem grave acidente no treino

Os treinos estavam apenas começando e o Rio Neva fez sua primeira vítima, o piloto inglês Andy Elliott, do Qatar Team teve grave acidente quando se aproximava de uma bóia para esquerda e teve uma vaga que catapultou seu Dragon/Mercury para um voo indesejado, seguido por uma queda com viragens e o barco ficando virado para o fundo. As equipas de resgate do Osprey Rescue Team, tiveram uma intervenção imediata, mas dado aos ferimentos do piloto, tiveram que tomar muitas precauções até que o levaram para o pontão de segurança médica. Elliott ficou tempo demais na Ambulância, que o levaria ao Hospital de referência, para o seu socorro médico necessário. O que é incrível é sabermos que a ambulância aguardava pagamento para fazer o deslocamento, uma vergonha! Um final até bom para gravidade do acidente e as condições inadequadas de algumas partes do barco: 4 costelas quebradas, deslocamento na 2ª e 3ª vértebras, vários cortem no rosto provocados pelo estilhaçamento do parabrisa que fica embutido na tampa que cobre o cockpit do barco. Felizmente Andy Elliott já está de volta a Inglaterra, se recuperando para as etapas da China, que garante estará em condições de participar. Boa Sorte!!!

Jay Price vence primeira prova, com determinação.

Tendo largado na polé position, Price liderou a prova desde o início, apesar das várias interrupções por bandeira amarela. Com essa vitória o atual Campeão Mundial do Qatar Team deu um bom salto para vice-liderança do campeonato com 55 pontos.
Apenas 10 pilotos completaram a prova que teve 8 abandonos, alguns dos quais por acidentes que ocasionaram a entrada do Pace Boat e a Bandeira Amarela. Andy Elliott não participou, pois estava hospitalizado e no Grid de Largada foram mesmo apenas 18 barcos. Difícil de entender a falta da equipa do piloto russo Stanislav Kourtsenovsky, que começou a competir na Finlândia e em sua terra natal não apareceu. Motivos à parte, o que realmente importa é que 18 barcos são poucos para o nível e o custo da F1H2O para os promotores. 24 barcos e 12 equipas é o prometido e tem que ser a realidade, senão o show fica pobre.
Os demais destaques nessa prova foram o segundo colocado Ahmad Al Hameli do Abu Dhabi Team (olho vivo nesse piloto!!!) e o excelente terceiro lugar do piloto francês Philippe Chiappe com o barco Moore/Mercury a primeira boa classificação desse barco de construção francesa desde que estreou essa temporada na categoria.

Jonas dá show e vence a sexta etapa na Rússia

Desde o início desse campeonato o sueco Jonas Andersson ainda não tinha demonstrado o seu potencial. O melhor resultado era um segundo na terceira etapa realizada na Finlândia, mas a promessa desde o início da temporada foi de luta frontal pelo campeonato 2009. Finalmente aconteceu em St. Petersburg e o piloto do Team Azerbaijan fez uma brilhante prova, liderando de ponta a ponta como seu rival Jay Price na prova do dia anterior. Com esses 20 pontos conseguidos, Andersson pulou para o terceiro lugar no Campeonato com 52 pontos e a coisa vai esquentar daqui para frente, pois o campeonato está totalmente aberto matematicamente entre os dez primeiros classificados.
Em segundo lugar nessa prova ficou o finlandês Sami Selio com o BABA/Mercury da equipa Mad Croc e em terceiro Thani Al Qamzi do Abu Dhabi Team, pontuando firme para se manter na liderança do campeonato com 65 pontos.
Uma prova que contou com 12 finalistas, demostrando a grande preocupação das equipas em se adaptarem rapidamente ao novo regulamento.

China é o próximo destino da F1H2O

Good Bye Europe (Adeus Europa), agora a F1H2O começa sua viagem sem retôrno até 2010, por países da Ásia e Médio Oriente, tudo pronto e preparado nos contentores especiais de cada equipa, mas o certo é que não é fácil e para que tudo pudesse ser ainda melhor, falta dinheiro para maioria das equipas. A próxima parada é Liuzhou com duas provas, seguidas de Shenzhen com mais duas e o campeonato deverá tomar uma linha definitiva pela luta de 3 ou 4 pilotos pelo Campeonato, a menos que algum piloto consiga resultados altamente eficientes e se posicione com uma diferença que possa lhe garantir uma manobra de administrar seus resultados futuros. Achamos pouco provável, mais China aqui vamos nós.

Cidade

Paddock

Treinos e Corrida 1

Cockpit Especial do Guido Cappellini

Acidente de Andy Elliott

Treinos e Corrida 2

Acidente Guido Cappelini