Página inicial   |   Sobre a GHB   |   Fale Conosco - Contact Us
» Mundial F1 Powerboats  |  » Mundial Class One Powerboats
Mundial F1 Powerboat 2009:

» Portugal


Mundial F1 Powerboat 2008:

» Novidades
» GP do Qatar (Doha)
» GP de Portugal (Algarve)
» GP da Finlândia (Lahti)
» GP da Rússia
» GP da China (Liuzhou)
» GP da China (Shenzhen)
» GP de Abu Dhabi

» GP de Sharjah
» Campeão 2008 - Jay Price

CAMPEONATO MUNDIAL UIM DE FORMULA 1 POWERBOAT 2008


Acompanhe a Formula 1 Powerboat com a GHB International Sports Management, notícias e fotos exclusivas de todas as etapas do Mundial 2008.

GP de Abu Dhabi

JAY PRICE É CAMPEÃO COM VITÓRIA EM ABU DHABI

Não foi surpresa o nome do novo Campeão Mundial UIM de F1H2O, Jay Price, o americano da Louisiana, 50 anos, primeiro piloto do Qatar Team barbarizou e venceu o campeonato 2008, faltando ainda uma prova para o término da temporada. A vitoria em Abu Dhabi (capital dos Emirados Árabes Unidos) não veio solteira, com o tempo de 47.99, Price estabeleceu a Pole Position facilitando sua estratégia de administrador total da corrida. Conseguiu, largou na ponta e administrou seus oponentes com uma grande categoria.

“Para o Qatar foi um grande passo a ser seguido por suas outras equipas de motonáutica”, afirmou H.H. Sheihk Hassan Bin Jabor Al Thani, por telefone após a grande conquista da sua equipa na F1H2O nos Emirados. Falando de Dubai, onde acabara de fazer a Pole Position para prova de Class One Powerboat, o maior incentivador e investidor na Motonáutica mundial, não poderia estar mais contente. No QATAR, maior produtor de gás do mundo, a crise mundial ainda está longe de afectar, mas os cuidados já estão sendo tomados

Uma temporada marcada pela mudança

2008 vai ficar na história da F1H2O, como o ano da grande virada, não somente por ser o segundo ano consecutivo que um novo nome desponta como campeão, mas principalmente pelo facto de que, Jay Price, tem apenas duas temporadas completas na categoria, apesar de ter estreado em 2003, sob os cuidados da GHB International Sports Management nas etapas de Sharjah e Abu Dhabi, com um barco Burgess/Mercury da equipa Atlantic. Seus principais oponentes nessa temporada eram fortes oponentes: o sueco Jonas Andersson (segunda temporada na F1H2O), Ahmad Al Hameli (revelação da temporada), Sami Selio (Campeão 2007 e piloto veterano) e David Trask (veterano na classe). Nem mesmo o super campeão Guido Cappellini conseguiu estar ao nível desse grupo. Uma vitória na Finlândia foi o único grande feito desse italiano mito da motonáutica, detentor de nove títulos na F1H2O. Thani Al Qamzi, primeiro piloto do Emirates Team, mesmo com um novo DAC, não conseguiu obter resultados, sendo seus únicos pontos conseguidos com a terceira posição nessa etapa de Abu Dhabi.

Regularidade faz a diferença

Jay Price só perdeu em 2008 em um item: regularidade. Ficou em segundo lugar, pois ainda faltando uma etapa, não há chance de alteração nesse posicionamento. Price terminou 6 das 7 realizadas. O grande vitorioso foi o piloto francês Philippe Chiappe, segundo piloto da equipa Atlantic. Chiappe terminou todas as provas marcando pontos, foi penalizado em Portugal, mas mesmo assim marcou pontos. Ocupa a sétima posição com 33 pontos.
Vale darmos mais ênfase a esses dois pilotos, pois eles representam de uma certa maneira “Le Creme de la Creme” ou “The Best of the best” ou “Os melhores dentre os melhores”, não importa a língua, o que interessa são os factos e esses são irrefutáveis. Esses pilotos sabem tirar o melhor dos seus barcos, sem quebrar os motores. Isso para sermos simplistas, não vale a pena nos estendermos sobre temas técnicos aborrecidos para o leitor. Não poderiam ser mais adequados os dois nomes, porque um é o do Campeão (e Campeão não se critica, só elogia), mas o outro é um piloto batalhador incansável, dedicado e sabe usar muito bem o seu equipamento. Chiappe tem mais de 10 anos de experiência em F1H2O. Em França, país de origem, participa de provas importantes como as 24 Horas de Rouen. Por isso mesmo sabe planear e aplicar bem a dose certa ao seu conjunto, afinado para maior regularidade. Seu resultado é até o momento de 100% de aproveitamento. Precisa de um motor a sua altura e um barco vencedor. Para 2009 Chiappe está apostando no barco Moore e já deve estar testando no início de Janeiro, apesar de ter 2 barcos BABA.
Já vínhamos comentando desde o início de 2008 sobre o alto índice de quebras durante as provas, em média terminam entre 40 e 50% do grid de largada, um índice elevadíssimo. Dando exemplos reais, vejam os casos de Thani Al Qamzi, Duarte Benavente, Guido Cappellini, Marco Gambi, Francesco Cantando, Philippe Tourre, Yussel Al khulifi, porque não terminam as provas?

Uma prova sem grandes destaques

Com o campeonato praticamente decidido (refiro-me ao período antes da prova) o que pairava no ar era um clima de “Dejá vu”, ou melhor dizendo, vamos partir para outra porque essa já perdemos……….e FEIO.
Vale nota a estreia dos pilotos italianos Daniele Martignogni (novato) e Ivan Brigada na equipa Rainbow Team do ex-campeão Fabrizio Bocca; o barco “novo” do piloto português Duarte Benavente, um Dragon ou Burgess ou o mesmo barco que não leva a lugar nenhum, apesar com algumas diferenças significativas (mais largo entre as lanças do catamaran, com melhor distribuição de peso e uma construção nova no interior do túnel, foram as mudanças destacadas por Jonathan Jones, construtor do barco. A saída de Massimo Ruggiero da equipa de Sami Selio, não foi uma surpresa (vide nosso comentário na edição do GP de Portugal); a volta do piloto alemão Fabian Kalsow com um BABA/Mercury.
O certo mesmo e que ninguém gosta de perder, nem em jogo de criança. Quando ficamos mais velhos e “profissionais”, aí então é um grande dilema, um milhão de desculpas para tentar esconder a realidade que salta aos olhos de quem conhece bem a motonáutica. A vitória da equipa do Qatar foi uma grande conquista, mas muito mais do que isso, mostrou que basta se organizar um pouquinho (pois eles tem problemas sérios de organização interna), ter um barco feito de acordo com as características do piloto, um bom motor e alguns segredinhos para deixar a concorrência louca. Importante destacar que depois do Philippe Chiappe que teve 100% de aproveitamento nas finalizações o segundo foi Jay Price, mesmo arriscando mais, o piloto conseguiu um motor equilibrado e rápido, com muita resistência. Vamos agora para Sharjah, outro dos Emirados Árabes Unidos, onde terá lugar a etapa final do Mundial 2008, já com Jay Price Campeão. O que esperamos de sua performance? O que farão as outras equipas? O circuito de Sharjah é excelente e podem haver surpresas. Será??


O boom dos Emirados Árabes Unidos faz o imaginário desaparecer

Em 2009 os Emirados Árabes Unidos comemoraram 37 anos de união dos sete Emirados que formam o País (Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Fujairah, Umm Al- Quwain, Ajman e Has Al Khaimah). Mas o que hoje vemos nas cidades, não tem nada a ver com o que foram realmente esses Emirados, que unidos se tornaram em uma potência, graças as enormes reservas de petróleo e gás. Com o enriquecimento meteórico os Emirados Árabes Unidos resolveram mostrar ao mundo que podem ter o que há de melhor e maior, mas nem com todas as Palmeiras gigantes planejadas e construídas com milhares de Dirhams (moeda do país), hotéis das mil e uma noites, como o famoso Burj Al Arab em Dubai, os milhares de prédios de 50 andares espalhados pelas cidades, escondem uma civilização e uma cultura que deve ser preservada a qualquer custo.

A religião muçulmana não radical, o alinhamento com o Ocidente fazem dos Emirados Árabes Unidos uma Meca para os investidores, e porque não dizer também para os famosos bandidos, grupos de todos os tipos. O que vale realmente é a forma com que cada Emirado se protege dos párias e alavancam um progresso simplesmente inacreditável. Meu primeiro dia nos Emirados foi em Abu Dhabi, em Dezembro de 1995. Desde então tenho acompanhado ano a ano o desenvolvimento desta cidade, assim como, Dubai e Sharjah. Conheci Fujairah, Ajman e Kas AL Kaimanh, mas ainda falta Umm Al-Quwain, para poder dizer que conheci todo o pais.

Entretanto, tenho algum conhecimento dos costumes e admiro muito sua forma de vida. Acho mesmo que o progresso e excesso de dinheiro atuou de forma negativa na essência do verdadeiro Árabe da região. Seus costumes, sua comida, seu jeito de ser com os amigos, o fechamento em clãs, o posicionamento das mulheres, a fé incondicional, são alguns dos mais importantes e fundamentais parâmetros admiráveis na cultura árabe. Quando falo sobre os Árabes, falo também, do Qatar, do Sultanato de Oman e do Kuwait, que também conheci e trabalhei. Sendo originariamente conotados como reinos (Sheihk doms), possuem características diferentes em cada um dos países, e, mesmo dentro de um só país podem existir várias diferenças.

Abu Dhabi

Capital dos Emirados Árabes Unidos, detém 85% do seu território, é o Emirado mais rico, e, sem sombra de dúvida, a cidade mais fascinante. Apesar do progresso, que nos dois últimos anos (após o falecimento de H.H. Sheihk Zayed Bin Sultan Al-Nahayan) tomou um ritmo acelerado, propulsionado pelo filho herdeiro H. H. Khalifa bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, ainda mantém uma tendência mais tradicionalista do que Dubai, que optou pela agressividade de seus projetos e obras de grande potencialidade mediática.

Estar em Abu Dhabi é um estado de espírito, mesmo sendo uma grande cidade, podemos andar a pé por quase todos os seus bairros, obviamente o carro é o veículo mais usado, sendo o táxi, para os estrangeiros, uma opção extremamente barata. Mesmo com um ritmo totalmente diferente de Dubai, Abu Dhabi vem crescendo com constância e a Avenida beira-mar (The Corniche) já não tem nada a ver com a que passei em 1995, quando pouco ou quase nada do que hoje se vê existia. É uma sensação estranha acompanhar a mudança e o crescimento de uma cidade, como acontece em Abu Dhabi. O que era aqui ontem, pode não existir mais amanhã, o fato de naquele exato lugar estar um prédio maravilhoso e hightech, não soma nada ao negócio que ali funcionava. Os novos e maravilhosos Shopping Center praticamente exterminaram os Souk (antigas áreas de comércio de rua realmente árabe). Nos primeiros anos que fui a Abu Dhabi, o mais divertido era ir aos Souks, desde comprar ouro verdadeiro ao relógio mais falsificado, tudo era super engraçado para os dois lados (comprador e vendedor). A tradicional discussão pelo desconto no produto, sempre dinâmica e teatral, era por demais agradável. Sair de uma loja com o vendedor atrás com o seu produto oferecendo mais um desconto era simplesmente genial. Tudo isso acabou, infelizmente. Nos Shoppings os preços estão como no Ocidente e não tem choro nem vela, ou pago o valor escrito ou não leva. Enfim isso é a realidade de hoje e todos estão “adorando”, mas até quando? Até quando os árabes dos Emirados estarão dispostos a ceder ao progresso?

Um pouco de história

Lendo alguns livros sobre os primórdios de Abu Dhabi e da genialidade de H.H. Sheihk Zayed bin Khalifa of Abu Dhabi que governou de 1855 a 1909, a quem os ingleses pensavam que iriam subjugar, foi apelidado e conhecido em toda região como “ZAYED THE GREAT”. Inicialmente Sharjah era o emirado mais populoso e poderoso, tendo sido superado por Abu Dhabi no final do século 19.

Em 1939 foram assinadas as primeiras concessões para prospecção de petróleo com os ingleses, mas somente foi descoberto 14 anos depois. Abu Dhabi começou a exportar petróleo (crude oil) em 1962 e com o resultado das exportações constantes, transformou-se do mais pobre no mais rico dos emirados.

Por uma liderança natural, herdada de seu avô “Zayed the Great”, o neto H.H. Sheihk Zayed Bin Sultan Al-Nahayan conseguiu reunir de uma forma Federativa os sete emirados em 10 de Fevereiro de 1972.

O que existe hoje de fato é uma liderança consolidada por Abu Dhabi e vem lidando cuidadosamente com os problemas surgidos como resultado da quebra mundial. Outros Emirados, como o caso complexo de Dubai, totalmente alavancada na construção e mega empreendimentos, viu-se pressionado a frear drasticamente quase todos os projetos. Em Dezembro 2008, a ordem já era de suspender todos os projetos em lançamento ( e não eram poucos), mas como concluir os demais em fase de acabamento, como o caso do mais alto prédio do mundo.

O certo é que entre os 7 Emirados existe um pacto de força, de coexistência e de auto defesa, são um país de paz, sem se descuidar com a sua segurança, principalmente entre os radicais, que em suas terras não são bem vindos.

A crise há de passar, com certeza mais suave para os Emirados Árabes Unidos, do que para o resto do mundo e certamente lá voltaremos, para acompanhar o crescimento desse tão jovem país de 37 anos, mas que em verdade germinou em tempos idos de antes de Cristo.

Mesmo com sua morte permanece em cada esquina Uma das particularidades dos árabes é a maneira de expor (ou impor) o poder da imagem do seu governante. O exemplo que mais salta aos olhos são as imagens nos mais diferentes tipo de midia externa do falecido Sheihk Zayed Bin Sultan Al-Nahayan. Sua imagem parece guardar a cidade, proteger seus cidadãos e todos o adoram, sem exceção.

Fotos do Treino





























 



Fotos da grande divulgação do evento














Fotos da cidade maravilhosa de Abu Dhabi